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O que restou dos lugarejos tranquilos e desabitados? Em que esquina foi parar o fluxo? Kelly Wendt realiza mapeamentos perceptivos de lugares. Suas deambulações transportam o público para um espaço de abandono, acionando uma dinâmica temporal que remete à memória, ao vazio, à solidão e  ao medo, propondo pensar sobre a condição humana em meio a uma temporalidade que parece nem mesmo fazer parte desta vida contemporânea. Em Vídeo Mapeamento: Colônia em férias: Laranjal Beach (2012) a movimentação das formigas contrasta com um gato à espreita e a lenta degradação do espaço esquecido pelo homem; enquanto em A espera no percurso (2012), a artista observa a pacata rua e o cidadão comum. A solidão aguarda um lugar no transporte coletivo, restam o vazio e o vento. Em meio à profusão de imagens desta era, o silêncio e o vazio tornaram-se desconcertantes.

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